segunda-feira, 30 de abril de 2012

Som automotivo: do som musical ao ruído?


O som automotivo pode ser acionado em qualquer hora e em qualquer local, podendo ser emitido uma faixa ampla de níveis sonoros. Utilizado como fonte sonora móvel equipada com amplificadores de som potentes, o veículo sonorizado presta-se tanto ao uso privativo e individual, mas também é utilizado para transmissão pública de propaganda comercial, política ou religiosa. Eventualmente, um veículo de grande porte ou um reboque transforma-se em palco de espetáculos (carros alegóricos, caminhões para trios elétricos, etc.).
Uma das definições mais operacionais de ruído é aquela que o define como som indesejável ou prejudicial à saúde. As definições que tentam enfatizar a dicotomia som/ruído, associando à palavra ‘som’ atributos positivos (harmonioso, com combinação agradável de harmônicos etc.) e, em oposição, conotando ‘ruído’ a aspectos negativos (barulho, dissonância, som indeterminado) geralmente esbarram em fatores subjetivos e culturais. Pela definição de ruído como som indesejável, evita-se não somente a falsa dicotomia entre ‘som’ e ‘ruído’ mas viabiliza-se uma abordagem alternativa da música, retirando-a de uma esfera de análise exclusivamente estética para colocá-la dentro de uma perspectiva socioambiental.

       



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